domingo, 2 de dezembro de 2007

Mar Meu

Gosto do mar como gosto da morte. Gosto do seu azul, porque é transparente. Gosto dele, porque me tira a transparência. Gosto do seu sorriso, do seu cheiro, e da sua voz. Gosto das ondas que me dá. É o mar a minha fonte de oxigéneo. É a bebida que gost de beber, mas que me obrigam a cuspir. Gosto da sua pele suave. Gosto como me recebe. Gosto do seu calor. Atrai-me a sua forma. Atrai-me a sua música. É um dos meus membros. Gosto de quando me conta histórias. Gosto da disponibilidade que tem para mim. Gosto da amizade que me proporciona. Gosto da maneira como me faz pensar, e da maneira como pensa. Gosto da maneira como olha para mim. Gosto do seu brilho. Gosto da maneira como me pertence. Gosto dos seus segredos, dos seus horizontes. Atrai-me o seu mistério. Gosto da maneira como se apresenta ao mundo inteiro. Gosto dos seus gritos. Gosto da maneira como não tem fim. Indignam-me os seus habitantes. Gosto quando me leva para o seu ventre. Gosto da segurança que não tem. Gosto do mar, porque é meu.

3 comentários:

Carlos Lopes disse...

Mais um belo texto, flip. Se alguma da rsponsabilidade do que escreves me pertence (ainda que seja mesmo muito pouco), fico feliz.

redjan disse...

Carlos: alguma responsabilidade terás.... quanto mais não seja por mostrar ao Flip o caminho que ele por certo saberá percorrer... neste fascinante mundo de letras que se juntam !!

Unknown disse...

Gosto da maneira que tu pensas que o mar pensa,
Gosto do brilho que dás ao azul da sua cor,
Gostei de ouvir a melodia que saiu das tuas palavras,
Gostei deste sorriso, deste cheiro, deste calor...